O evento que reúne a nata old school do skate brasileiro aconteceu de 1º a 4 de maio, na Curitiba Skatepark, em Curitiba (PR). Foram R$ 11.000,00 em premiação, além de produtos, divididos entre as categorias Master, Grand Master, Legend, Grand Legend e Master Feminino.
A categoria Master Feminino vem crescendo a cada edição. Nesta, foram 12 competidoras — skatistas de vários estados como RS, MG, RJ e PR marcaram presença em peso. Destaque também para Larissa Carolo, que integrou o time de juízes.

Neste ano, o Divas foi mídia oficial do evento — algo muito especial, já que acompanhamos de perto o trabalho da Carol Miura, CEO da Shimai Eventos e realizadora do Old Is Gold. Estefânia Lima e Ludmilla Villalba fizeram a cobertura em tempo real e produziram conteúdos exclusivos.
“O mais legal foi que colou uma galera só para prestigiar — outras mulheres que não competiram, mas foram pela vibe. Enquanto rolava a competição masculina, aproveitamos para fazer uma sessão do Divas na Wences, que é uma pista conhecida pela galera. Nos reunimos, conseguimos nos conectar, manobrar, filmar… Foi mágico ver as meninas reunidas, felizes!”
— Estefania Lima, fundadora do Divas Skateras
Nessa mesma sessão, Josiane Moraes surpreendeu geral ao pedir a atenção de todas e falar sobre a importância de manter viva a essência do skate feminino.
“A Josi saudou várias mulheres e ressaltou a importância do Divas enquanto mídia — de acreditar que podemos ser uma mídia de skate feminino. Sabemos que não é fácil, mas é gratificante ver o reconhecimento do nosso trabalho dentro da cena. É essencial valorizar trabalhos como o da Larissa Carollo como juíza, da Bel Nascimento como narradora e de todas que ocupam espaços que durante muitos anos nos foram negados.”
— Estefania Lima
O Old Is Gold foi, de fato, uma celebração, promovendo encontros e reencontros entre gerações do skate.
“Eu conheci pessoalmente a Edilene Ozório, a Dinha, uma skatista que sempre me inspirou. Quando era mais nova, via fotos dela e lembro de um fs noseslide num corrimão redondo que me marcou: ‘Nossa, quero andar igual a ela’. Ela compartilhou várias dores que viveu e vi como o skate pode ser cruel com as mulheres. Hoje está mais fácil, mas só está porque mulheres como ela, como nós, passamos por muitas coisas, muitos traumas, para o skate ser um pouco mais justo para as gerações vindouras. Ainda não é o ideal, mas está melhor. Nos abraçamos, choramos… Foi um dos momentos mais emocionantes pra mim.”
— Estefania Lima
Outro ponto alto foi quando Débora Ribas, pioneira e skatista local, beijou o chão da pista da Dropdead — uma pista histórica para as pioneiras do Paraná, onde muitas começaram a andar de skate.

Tudo se encaixou perfeitamente para que o evento tivesse a grandeza que a história do skate nacional merece. Ah, e claro: não poderíamos deixar de registrar o pódio da categoria Master Feminino:
1º lugar: Janaína Renata (MG)
2º lugar: Jéssica Mozart (RJ)
3º lugar: Karina Bamboo (RJ)
Mas o maior prêmio foi ver toda essa galera reunida. Que venha o Old Is Gold 2026!
Texto: Renata Oliveira
Fotos: Gabriel Franco