Monica Torres, um dos grandes nomes do skate brasileiro, tem brilhado na cena internacional desde que se estabeleceu nos EUA. Com participações em eventos renomados como a Street League e a Battle of the Berrics, Monica fez história ao se tornar a primeira campeã feminina desta última competição. Durante seu tempo em São Paulo, ela era uma participante assídua dos concursos de vídeos organizados por nós, das Divas. – Best Sequence 2012 e M1nuto Valendo 2013.

Atualmente, Monica está se recuperando de uma lesão, mas em breve estará de volta às ruas com força total, trazendo seu pro model de shape pela marca americana StrangeLove. Esse lançamento é um marco não apenas na carreira de Monica, mas também para todos que se inspiram em sua trajetória. Trocamos uma ideia com ela, venha conferir!

1) Você tem uma trajetória notável no cenário do skate, tanto no Brasil quanto nos EUA. Como a mudança para os Estados Unidos influenciou sua carreira e estilo de skate? Quais foram os maiores desafios e aprendizados que você encontrou ao se adaptar a uma nova cultura e cenário de skate?
Morar em outro país e viajar também faz você entender que viver de skate em qualquer lugar é muito difícil. Então, tem que andar de skate porque gosta e não se frustrar caso não dê para viver de skate.

2) Recentemente, foi lançado seu pro model de shape, o que é uma conquista significativa. Pode nos contar sobre o processo de criação desse shape? O que ele representa para você pessoalmente e como você espera que ele impacte a comunidade de skate?
A parte mais difícil é criar uma história no mercado para que uma marca como a StrangeLove tivesse interesse em investir na minha história. O fato de Sean Cliver ser o dono da marca fez com que essa parte do processo fosse bem fácil, já que ele é um dos maiores artistas que temos no skate. Ele soube captar minha personalidade de forma bem genuína, e a parte mais legal foi poder criar um produto que pudesse ajudar outras pessoas que gostariam de andar com um wheelbase menor.

3) Sendo um dos fortes nomes no skate, como você vê a evolução do espaço para mulheres no esporte ao longo dos anos? Quais são suas esperanças e expectativas para o futuro do skate feminino, tanto no Brasil quanto globalmente?
Acredito que, neste momento, temos o maior número de mulheres no skate. Esta, sem sombra de dúvida, é a época mais fácil de ser skatista, já que não existe mais uma resistência contra o skate. Porém, andar de skate é muito difícil, então espero que não seja apenas uma fase, não só no Brasil, mas em todos os lugares.

Por: @estefanialima
Fotos: @cesar_vi, @millerrttime
Arte: @hleaoo